José Gurgel dos Santos

        Nasceu em Mossoró (RN), em 27 de abril de 1944.  Filho de Juvenal dos Santos Sobrinho e de Dalila Gurgel dos Santos. Após o término do curso científico, deixa seu estado natal, em 1965, para tentar a sorte no Rio de Janeiro, meta de tantos jovens daquela época.
        Trazendo consigo seus escritos de adolescentes amarelados na bagagem, encontra o Rio em convulsão, com a batalha dos estudantes contra os policiais da Ditadura Militar. Faz cursinho pré-vestibular para Medicina, mas não obtém aprovação. Época de empregos fartos, passa num concurso para a Embratel.
        No final dos anos 1970, com os filhos crescendo e já vislumbrando dificuldade na sua educação na capital, transfere-se para a Planície Goitacá — terra da esposa— onde assume uma vaga na Junta de Conciliação e Julgamento (TRT). Trabalhando na Junta, vê surgir um novo concurso para o Banco do Brasil. Como esse sempre fora o seu sonho de criança, enfrenta o concurso, passa, e vai assumir em Macaé, onde permanece por dois anos.
        No Banco, que, devido a transformações políticas, nem de longe era mais “aquele dos seus sonhos”, José se inscreve em concursos literários, dentre os quais o de poesia, patrocinado pela Febraban. Consegue classificação e publicação do poema “Como um Passarinho” no livro “Banco de Talentos”, 1995. Retirando do esquecimento seus poemas de adolescente, compõe o primeiro livro de poesia — Sobrevivências, de 1996. Nesta época, passa a escrever a crônica semanal "Painel do Gurgel" para o jornal “Monitor Campista”, inspirada no trabalho do jornalista mossoroense Dorian Jorge Freire.
        Em 2009 cria o blog “Painel do Gurgel”, onde busca escrever crônicas e poemas
        É membro da Academia Pedralva Letras e Artes, da qual chegou a ser presidente. Como cronista, já colaborou com os jornais “Monitor Campista” e “O Diário”. É participante assíduo do projeto Café Literário.
        Crente em Deus, sonhador, mas com os pés no chão, retrata sempre as inúmeras transformações sofridas pelo planeta, como a poluição atmosférica, com suas nefastas consequências; o salto dado pela mulher no mercado do trabalho; a computação e o desemprego que vem causando; entre outros problemas atuais do mundo, retratados ora em crônicas, ora em poemas.