Pedro Batista Manhães

        Nasceu em Campos dos Goytacazes, em 24 de janeiro de 1919. Filho de Manuel Batista Manhães e Romana Batista Manhães.
        Fundou a Academia Pedralva em 20 de fevereiro de 1947, com Walter Siqueira e Almir Soares, tendo exercido nela os cargos de presidente (1958 a 1960), tesoureiro e bibliotecário. Foi membro da Academia Friburguense de Letras, da Academia Cultural Humberto Campos, do Instituto de Cultura Americana - Tolosa (Argentina), delegado regional do Grêmio Brasileiro de Trovadores, membro da Sala de Letras e Artes “Gabriela Mistral” - de Petrópolis, membro da Academia Cachoeirense de Letras.
        Recebeu o Prêmio “Almir Soares” (1957), com o conto “Chidia”.

        “PeMa, como costumava assinar suas obras, tinha um brilho inerente à sua pessoa, exalando simplicidade e poesia, com olhos de quem vê a vida repleto de peculiar sensibilidade. Pedro trabalhou, desde jovem até o fim dos seus dias, na oficina de bicicletas União Ciclista – primeira sede da Academia Pedralva -, onde compôs muitos de seus trabalhos literários enquanto compositor, trovador e poeta.
        Não se esquivava de compartilhar suas dificuldades, o que fazia com a humildade de quem reverencia a sabedoria de amigos como o professor Walter Siqueira, a quem pedia para que lesse seus trabalhos a fim de conhecer seus erros e ouvir críticas. O poeta da simplicidade era, de fato, um indivíduo apaixonado pela vida, tendo morrido – de amores – em dezembro de 1989, aos 71 anos de idade, deixando-nos seus versos, sua essência popular, seu sorriso desembaraçado e sua memória viva nesta casa, sendo ele próprio sua definição de simplicidade, afinal, em suas palavras,

‘Simplicidade, sim, é toda essa maneira
Expontânea, comum nas estrofes que faço,
De cantar a incomum história verdadeira
De dois que se amam sem tréguas e sem cansaço’

(trecho do discurso de posse do acadêmico Ronaldo Henrique Barbosa Junior, proferido em 30 de outubro de 2015 - adaptado).