Nasceu em
07 de agosto de 1892, em Limeira do Itabapoana, que na época pertencia a
Campos, e faleceu em 28 de janeiro de 1967, no Rio de Janeiro. Filho de Joaquim
Pereira de Vasconcelos Serpa e Agripina Paraíso Serpa.
Cursou o
primário em dois colégios: O Candido Mendes e o Colégio Paraíso. Cursou o
ginásio no Liceu de Humanidades de Campos, onde se fez amigo de ilustres
autores campistas, tais como Múcio da Paixão, Viveiros de Vasconcelos e Paulo
Barroso. Ainda fora do âmbito do Liceu, procurava estar em contato com
jornalistas e letrados, tais como Silvio Fontoura, dos irmãos Guimarães, dos
irmãos Fraga, do Dr. Jovelino Paes e de muitos outros.
No Rio de
Janeiro cursou a Faculdade de Medicina, de 1913 a 1918. Esta carreira o
fascinou. Dedicou-se à Medicina Sanitária e Preventiva, após ter perdido um
irmão de tétano e outro de febre amarela. Esta doença, que foi um flagelo
naquela época, acometeu também diversos membros de sua família, bem como a ele
próprio, que conseguiu escapar. Perdeu, também, duas filhas gêmeas, vítimas de
coqueluche.
Foi
telegrafista, por concurso, dos Correios e Telégrafos; foi médico da Comissão
Rockfeller na Campanha Sanitária contra a Febre Amarela; médico do Ministério
da Educação e Saúde, de 1932 a 1944; chefiou a Missão de Socorro às Vítimas do
Terremoto que assolou o Chile em 1937. Foi
Secretário de Saúde do governo de Sergipe na década de 20, e de chefe da
Secretaria da Saúde e Assistência do antigo Distrito Federal; chefe de Gabinete
do Ministro de Educação.
Como
escritor, Phócion Serpa, produziu contos, poesias, romances, ensaios,
impressões de viagens, biografias, crônicas e novelas. Escreveu sobre o
folclore brasileiro. Proferiu muitas
conferências. Sua obra “Cachoeira do Inferno” recebeu menção honrosa da
Academia Brasileira de Letras. Foi um dos fundadores e presidente da Academia
Carioca de Letras. Foi eleito sócio da Academia Fluminense de Letras, bem como
da Academia Petropolitana de Letras. Por seus relevantes serviços prestados ao
Chile, recebeu, das mãos do chefe de Governo, alta comenda e fizeram-no membro
das Sociedades Bolivianas (Simon Bolívar). Escritor, contista, poeta, critico,
ensaísta e biógrafo. Foi secretário da Academia Brasileira de Letras. Amava sua
terra natal, em várias ocasiões a visitava, mantinha um círculo de amizades,
escrevia e a citava em vários artigos e na imprensa.
Fonte: http://autorescampistas.blogspot.com.br/2012/04/phoncion-serpa.html
(acesso em 14/12/2017)